quarta-feira, 14 de julho de 2010

Edição nº 13





















Psicologia Esportiva - Marcelo Aguiar de Macedo
Julgamento x Auto-estima
“Solta à nota!!!” Esta era a ordem que partia do Head Judge Sergio Gadelha em 1984 para os juízes de um campeonato em Itanhaém, onde trabalhei como juiz e pude dar início na difícil tarefa que é julgar o surf. O palanque era um caminhão e o sinalizador das baterias era na base do rojão, diferente da tecnologia adotada hoje.
“Precisamos acertar os resultados do 1º ao 4º e podemos adotar critério mais alto” insistia Gadelha! Naquele ano iniciava a faculdade de Psicologia e fui aprendendo a importância da auto-estima elevada em todos os níveis da sociedade e no surf não podia ser diferente. Os campeonatos lotavam de inscritos e cheguei a competir um Op Pro em 1985 com mais de 200 atletas amadores inscritos. Mesmo quando o atleta perdia a bateria, saía satisfeito com as boas notas e animado para treinar mais para a próxima “batalha”. Este sistema agradava público, atletas e juízes. Elevava a auto-estima até do perdedor.
Troquei o julgamento pela competição por 10 anos e voltei em 1997 com apoio do Jacob quando adotei Ubatuba no meu coração. Dele partia as mesmas palavras e mesmo formato de julgamento do Gadelha. Reclamações sempre houve, mas sinto que estamos em um momento perigoso do julgamento com muitas notas baixas nestes últimos anos.
Na 1ª etapa do ubatubense ouvi pessoas culpando a AUS pelo baixo número de inscritos nas categorias de base, devido ao preço elevado das inscrições. Outros jogavam a culpa para o excelente trabalho da SEL que não estimulava seus alunos.
Momento de parar e refletir!!! No paulista profissional em Itamambuca vi muitos profissionais falando que vão parar de competir, arrasados com as notas baixas que tiravam, sentindo-se os piores atletas do mundo. Baixa auto-estima!
O que dizer de um garoto de 9/10 anos iniciando no esporte e tirando notas 1,0 ou 1,3 e assim vai. Estes garotos freqüentam escola e sabem muito bem o que significa este tipo de nota e assim, pais e atletas vão desaparecendo dos campeonatos. A boa performance depende da auto-estima do atleta e estão minando-a nos eventos municipais, paulistas e brasileiro. Portanto Sres Head Judge, SOLTA A NOTA, para o bem do nosso esporte!!! Obrigado Gadelha e Jacob pelo ensinamento que se perdeu no tempo, mas que pode mudar novamente por nossas bandas, é só querer....
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Itamambuca recebe 2ª etapa do Ubatuba Pro Surf
Rolou entre os dias 28 e 30 de agosto a 2ª etapa do Ubatuba Pro Surf na praia de Itamambuca. O evento reuniu 180 atletas inscritos em 14 categorias. Destaque para a brilhante atuação de David Silva na Profissional que mostrou muita determinação ao superar na final Diego Santos. Dos amadores o maior destaque foi Filipe Toledo que venceu a Iniciantes, a Mirim e foi vice-campeão na Junior com surf muito progressivo.
A terceira e última etapa do Dunkelvolk Ubatuba Pro Surf acontece entre os dias 20 e 22 de novembro e define os campeões municipais de 2009.
O campeonato contou com transmissão ao vivo na internet e foi acompanhado pelos internautas de 28 países com média de 1900 acessos diariamente. Outro ponto positivo desta etapa foi a decisão da AUS em não cobrar inscrições da categoria Petit (até 10 anos), incentivando a nova geração ubatubense que desta vez teve 6 inscritos. Já as notas, continuam sendo o maior desestímulo destas categorias de base, muito baixas, deixando competidores e pais questionando se vale a pena investirem no esporte da Capital do Surf. Parabéns AUS pelo grande evento!

Ricardo Toledo, ídolo do surf ubatubense

David Silva, o Filhão campeão Profissional

Diego Aguiar, 6 anos o mais jovem desta etapa

Diego Santos

Filipinho voando com sua TBC pra mais uma vitória



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